SELVAGEM E LIVRE, EU BRUXA
"A bruxa que existe em mim sou eu em espiral
Entre mim e o amanhã, morrendo e nascendo.
A bruxa que sou Nina o ventre em cada menstruação
E reverencia a Deusa Mãe a cada lua que nasce
A cada lua que se vai.
Deus, é o Sol num fluxo de estações
Germinando as sementes no útero da Terra.
A bruxa que em mim habita
Alimenta o fogo com suas sementes e folhas
E recolhe mensagens ao vento.
Eu bruxa escuto o pio das corujas
E com eles antevejo o amanhecer.
Das flores o firmamento e a efemeridade
Dormem em meio seio
Então sou donzela, mãe e anciã.
As marcas eternas nas mãos
As águas dos rios em minha Terra
Correm em abundância
E marcam cada face de minhas marés.
Eu Bruxa estou a devorar o tempo
E acalmar a ventania
Marcando as luas e os sóis na roda da vida
Selvagem e livre".
Fonte:(poema nascido do encontro de poesia interreligiosa)
(Aondê Airequecê - Nov/2008)
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